Claudilei Simões de Sousa

Mara de Paula Giacomeli

A evolução da impressão digital

A evolução da impressão digital

A impressão digital é um dos setores de maior desenvolvimento tecnológico do mercado de imagens, e essa assertiva pôde ser comprova- da pelos índices da FESPA Digital Printing 2024. A feira do setor quebrou todos os recordes das edições anteriores, totalizando 24.080 visitantes e alcançando uma estimativa de geração de negócios na faixa de R$ 185 milhões.

Confira uma breve apresentação de toda a evolução da impressão digital no decorrer dos anos:
Impressão digital consiste na reprodução gráfica das informações recebidas pelo computador através de dados digitais. Não há a necessidade de uma chapa ou matriz para que a imagem seja transmitida para o papel, devido aos dados do computador serem transferidos direta- mente para esse meio.

Para produzir imagens de grandes formatos na comunicação visual, o setor gráfico precisava fracionar as imagens e em seguida colar quadro a quadro, sistema conhecido como “lambe-lambe”, dificultando a perfeição na arte-final, pois demandava excessiva habilidade do profissional na montagem correta. Não era permitido cometer erros, visto que uma falha ocasionava a perda de todo o serviço.

Era comum o instalador inverter a ordem dos quadros, causando prejuízo em toda a campanha publicitária.
Havia ainda o processo de colar uma campanha sobre a outra, acumulando grande quantidade de papel, gerando sujeira e impossibilitando um serviço de qualidade.

Com o tempo, passou-se a utilizar lonas para esse outdoor, sendo impressos por serigrafia, onde havia restrição de largura e de comprimento. No máximo chegava a 2,6 m de largura por 5,5 m de comprimento. Se a campanha exigisse algo maior, obrigava as emendas na lona. Havia também a dificuldade na produção, dependendo da quantidade de cores, tamanho e resolução, tudo dependia da habilidade e competência das empresas e seus funcionários.

A cada ano crescia a introdução de equipamentos mais rápidos e que forneciam melhores resoluções, mas foi por volta de meados dos anos 90 que chegou ao mercado de impressão as máquinas computadorizadas para impressão de imagens de grandes formatos.

No primeiro momento foi uma revolução, porém os preços eram excessivos e poucas empresas estavam preparadas financeiramente para esses investimentos. Havia também os insumos utilizados no sistema de impressão digital com alto custo. Somado a isso, vinha a resolução que as impressoras de grandes formatos ofereciam; estava longe do resultado final que a serigrafia resultava, mas mesmo assim atendia uma grande fatia de mercado, como por exemplo as campanhas de pequenas tiragens para outdoor.

A exigência do mercado publicitário forçou os fabricantes de impressoras de grandes formatos a aprimorarem seus equipamentos, melhorando a qualidade das tintas, a resolução de cabeças de impressão e aumentando a produtividade, tudo isso visando sempre atender ao mercado publicitário, ofertar agilidade no processo e tornar os equipamentos mais acessíveis. A cada dia aparecia uma nova empresa fabricando equipamentos, melhorando e oferecendo melhor resolução de imagem, velocidade na impressão e oferecendo tintas mais estáveis e menos agressivas ao meio ambiente.

Passo a passo, foram introduzindo tecnologias e aprimorando o conceito de impressão digital seja em substratos flexíveis ou rígidos.

Hoje, o que temos no mercado é uma diversidade de equipamentos com várias opções de custo e equipamentos industriais de alta capa- cidade em termos de qualidade e velocidade. Os substratos também acompanharam esse desenvolvimento, os fabricantes adequaram seus equipamentos aos substratos oferecidos no mercado e, com isso, agregaram mais tecnologia. Mudou-se a visão de operadores de máquinas do setor de impressão e do que se pode oferecer em termos de qualidade, a impressão de grandes formatos passou a ter resoluções fotográficas, tornando viável a produção de grandes campanhas em equipamentos de impressão digital.

Mesmo com a alta da impressão digital, não significa que a serigrafia está fora de uso. Muitas campanhas ainda precisam da serigrafia, mas a evolução se faz notar. O que até anos atrás era impossível já está chegando perto de se realizar.

Tintas especiais, velocidade de produção e produtos ecologicamente corretos se tornaram diferenciais no setor.
No começo, as impressões digitais eram realizadas com tinta à base de água, e as impressões eram usadas para indoor. Para outdoor, as impressões precisavam ser laminadas a fim de oferecer proteção da imagem. Chegaram as tintas solventes, pesadas e com secagem ao ar, que demoravam para secar e o cheiro de solvente era muito forte. Surgiram as tintas eco solventes, com menos cheiro e secagem mais rápida. Em seguida, as tintas UV, até a chegada das tintas látex. Com isso, aumentou significativamente a utilização da impressão digital, pois passou-se a imprimir em uma gama maior de substratos, com versatilidade e eficiência.

A ousadia dos fabricantes não tem limites, hoje podemos vislumbrar no mercado desde decoração de ambientes até moda, passando por campanhas publicitárias. Imprime- se desde uma capinha de celular até a porta de um escritório ou de casa. Os equipamentos oferecidos abrangem diversos mercados, cada um adaptado para a necessidade do setor, colocando a criatividade em funcionamento.

Com o crescimento desse novo segmento, os preços caíram, a tecnologia avançou, os clientes ficaram mais exigentes e as empresas fabricantes aumentaram suas soluções e tecnologia para atender esse mercado que cresce cobrando cada vez mais qualidade.

No ano passado, o FESPA Print Census revelou que as empresas de impressão relataram um aumento médio de receita de 6% em todas as categorias pesquisadas desde o FESPA Print Census 2018.

O mercado da impressão digital cresce a cada dia, e se você quer se conectar com o segmento, programe-se para visitar a FESPA Digital Printing 2025. Durante 4 dias, a feira reunirá o mercado em um ambiente repleto de inovações, conhecimento, negócios e networking.

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