Claudilei Simões de Sousa

Mara de Paula Giacomeli

A mão que puxa o rodo

A mão que puxa o Rodo

Em 28 de abril é comemorado o Dia do Serígrafo, ou da mão que puxa o rodo, o artesão, o artista, o executor, o trabalhador que dá vida à moda, que pinta e borda os tecidos com os quais desfilamos por aí.

Abril, normalmente se diz que é o mês da mentira, o mês que inicia o ano, pois o carnaval já passou, é o momento de começar as feiras, os negócios começam a fluir, as reclamações do mês anterior começam a dissipar; começo de outono, novas perspectivas de negócios, compras de equipamentos… assim vai a serigrafia mundo afora.

E aí? A serigrafia parou? Não, não parou, continuou nos bastidores, pequenas oficinas continuaram com o trabalho de formiga, o rodo não teve trégua, as mãos que empunham o rodo, cheias de calos, não pararam, aparentemente a serigrafia estava de férias, ledo engano, estava somente se preparando para a retomada a todo vapor, pois os estilistas, as grandes marcas e as novas coleções já estavam preparadas para o pós-carnaval.

A vida da velha senhora aflora a todo vapor, as mãos, femininas e masculinas, que
empunham o rodo estão com a força da retomada, com o desejo de colorir e enfeitar o mundo com as cores da natureza e a nostalgia do outono, a moda vem sendo preparada para o inverno que os meteorologistas afirmam que será rigoroso.

Que venham as novidades, rodos, telas e tintas, e a velha senhora estará preparada com toda sua força para
servir à moda, aos estilistas e aos mais exigentes gostos, desde que seja para usar as cores do arco-íris para satisfazer as iluminadas mentes da criação. Que venham camisetas, casacos, vestidos e tudo o que pode ser pintado. Nosso exército está preparado para a batalha.

Em 28 de abril é comemorado o Dia do Serígrafo, ou da mão que puxa o rodo, o artesão, o artista, o executor, o trabalhador que dá vida à moda, que pinta e borda os tecidos com os quais desfilamos por aí; trabalhadores que não medem sacrifícios para honrar prazos, entregar coleções, trabalhadores que não são valorizados como deveriam ser, pois, sem eles, a moda seria opaca, remendada, sem o brilho das cores, sem o frescor que as cores da natureza trazem ao nosso dia a dia.

Profissionais do rodo, homens e mulheres que dedicam a vida a esta nobre profissão, artistas ocultos atrás dos estilistas, das passarelas, dos desfiles de carnaval, dos grandes eventos da moda; pessoas humildes que fazem a alegria dos consumidores, nos grandes magazines, nas vitrines das lojas, que sorriem quando passam pelo povo e veem as cores do seu trabalho, as gotas de seus suores, desfilando estampadas nas camisetas das grandes grifes do mercado.

Parabéns, homens e mulheres do rodo, nós sabemos da força de vocês, da dedicação e desvelo com que tratam
a moda e as cores que enfeitam nossas cidades.

SERÍGRAFOS, homens e mulheres, profissionais que merecem todo o respeito do mercado por tudo o que fazem para embelezar e colorir o mundo!

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