– Senhor Frederico Diamante Texugo do Mel, última chamada para o voo 1234 para Longinópolis, embarque no portão 308.
Enquanto a mensagem era reproduzida, Fred avistava o número 308. Nunca havia corrido tanto em sua vida. Já pensou perder o voo pago pela empresa? Já pensou perder o voo e não chegar? Como compraria outra passagem?
Queridos leitores, estamos de volta com a saga de Fred Diamante, para quem ainda não leu o início da história, recomendo fortemente que busque nas edições anteriores do Jornal O Serigráfico ou no nosso perfil do Instagram para acompanhar esta rica experiência.
Quase derretendo, Fred chegou ao balcão. Sem fôlego para falar, mostrou passagem e juntou as mãos, como se implorasse.
A atendente olhou para a passagem, friamente pegou o seu rádio e mandou a comunicação.
– O senhor Frederico Diamante está aqui, pode descer ou já fechou a porta?
Aqueles seriam os segundos mais longos da vida de Fred, esperando pela resposta,
Fred apelou em silêncio ao Deus dos Texugos.
Fred aguardava, com o coração acelerado. Cada segundo parecia uma eternidade. E se a porta estivesse fechada? E se tudo terminasse ali?
“O comandante está de bom humor hoje, manda ele descer logo”, responderam no rádio.
Pois bem, Fred estava salvo, desceu a rampa, entrou no avião, ainda suado, procurou seu assento, sentou e tentou relaxar. O nervosismo ainda tomava conta.
A aeromoça percebendo a situação de constrangimento trouxe-lhe um pouco de água.
Fred bebeu sua água e, a cada gole, refletia. Não poderia mais cometer deslizes. Quase perdera o voo por distração, se isso acontecesse estaria arruinado. Pura falta de foco, pura falta de prioridade e concentração. Uma experiência como esta serviria para que a sua atenção nunca mais perdesse o objetivo.
Fred olhou pela janela enquanto a aeronave decolava. Pela primeira vez, sentiu o peso real de estar saindo da zona de conforto. “O crescimento só acontece quando você se permite encarar o desconhecido”, pensou.
Assim que aterrissou, Fred foi recebido por um representante da empresa.
A cidade era vibrante, iluminada por letreiros coloridos e tomada pelo ritmo frenético das ruas lotadas. Cada esquina parecia contar uma história, cheia de sons e aromas desconhecidos.”
No seu primeiro dia de trabalho percebeu que o ambiente era muito mais competitivo do que imaginara. Seus novos colegas eram extremamente qualificados, muitos com experiências globais. Fred sentiu-se pequeno e até mesmo despreparado. Sua confiança, que havia sido restaurada recentemente, foi novamente abalada.
Ele teve que lidar com a barreira do idioma, com a adaptação ao novo fuso horário e até mesmo com pequenas gafes culturais que o fizeram corar de vergonha. “Se você não está aprendendo algo novo todos os dias, você está parado”, dizia seu pai, e Fred agora compreendia a profundidade dessas palavras.
Seu maior objetivo agora era fazer o papel de esponja, absorver todo o conhecimento que pudesse, fazer todas as perguntas que lhe viessem à cabeça, desde que fizessem sentido. Tinha a incumbência de entender como funcionava a operação na matriz para depois replicar com perfeição no seu escritório local.
Certa noite, enviou um e-mail para seu mentor, um antigo colega dos tempos da Rockets Stars. O mentor, com sua sabedoria habitual, respondeu:
— Fred, lembre-se: não é sobre impressionar, mas sobre agregar valor. Confie no que você sabe, mas esteja aberto a aprender com os outros. A humildade e a coragem andam lado a lado.
Fred leu o e-mail e sentiu um peso sair de seus ombros. As palavras de seu mentor eram um lembrete poderoso de que o verdadeiro sucesso não está em impressionar, mas em contribuir.
Nos meses seguintes, Fred passou a entender que a jornada em Longenópolis não era apenas sobre trabalho. Ele começou a explorar a cidade, conhecendo lugares históricos e interagindo com pessoas de culturas diferentes. Em cada conversa, em cada nova experiência, ele absorvia algo valioso.
Em uma noite, após o trabalho, Fred foi a uma lanchonete diferente, com decoração exótica e cheia de detalhes. Em um quadro entalhado leu uma frase que ficou gravada em sua mente : “O desconforto é o preço do progresso”.
Aquilo ressoou profundamente. Ele percebeu que crescer era, muitas vezes, doloroso, mas necessário.
Fred entendeu a importância daquele ensinamento. Além do tempo que dedicava ao trabalho, começou a cuidar de sua saúde mental e emocional. Criou uma rotina que incluía exercícios físicos, momentos de lazer e, principalmente, reflexão.
Ao final dos três meses, Fred não era mais o mesmo texugo que havia desembarcado em Longenópolis. Havia adquirido novos conhecimentos técnicos, mas, mais importante, havia descoberto uma força interior que nunca imaginara possuir.
Na cerimônia de despedida organizada por seus colegas, Fred foi elogiado por sua coragem, adaptabilidade e capacidade de liderança. Ele sabia que aquela experiência havia mudado não apenas sua carreira, mas sua visão de mundo.
Reflexões para a Vida e o Mundo Corporativo
- Aceite o desconforto
“Fred nos mostra que sair da zona de conforto é essencial para o crescimento. O desconforto é um sinal de que estamos evoluindo.”
- Seja humilde, mas confiante
“A humildade para aprender e a confiança para aplicar o que sabemos são pilares fundamentais para o sucesso, tanto pessoal quanto profissional.”
- Cultive resiliência
“Fred enfrentou desafios culturais e pessoais, mas sua capacidade de se adaptar e superar dificuldades foi o que o destacou. No mundo corporativo, resiliência é uma habilidade indispensável.”
- Valorize o aprendizado contínuo
“Fred entendeu que o aprendizado é um processo constante, e não um destino. No trabalho ou na vida, sempre há algo novo para absorver.”
- Mantenha o equilíbrio
“Ao cuidar de sua saúde mental e emocional, Fred percebeu que produtividade e bem-estar caminham juntos. O equilíbrio é a base do sucesso sustentável.”
Eduardo Levy Cotes,
Consultor de Empresas – Administrador – Coaching
Especialista em Marketing – Vendas – Treinamentos – Palestrante.
Instagram @edulevyvendas
E-mail : atendimento@mgdmarketing.com.br
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