Fred na “Cova das Hienas”
Seria agora a vida de Fred finalmente resolvida? Teria ele conquistado uma trajetória tranquila e previsível, sem desafios pela frente? O que o aguardava nesta nova etapa?
Sua volta era triunfante. O menino que partiu agora retornava como um homem amadurecido. Fred Diamante carregava na bagagem histórias para contar, experiências marcantes e aprendizados que moldariam sua jornada dali em diante.
Queridos leitores, seguimos com mais um capítulo da Saga de Fred Diamante. Para aqueles que ainda não acompanharam o início desta história, recomendo fortemente que busquem as edições anteriores do Jornal O Serigráfico ou visitem nosso perfil no Instagram para mergulhar nesta rica experiência.
Um Novo Começo
O conto de fadas agora se transformava em rotina. Fred acordou cedo, escolheu sua melhor camisa, combinou-a com uma gravata elegante, vestiu um terno impecável e se preparou para o primeiro dia de sua nova jornada profissional.
Ao chegar à empresa, dirigiu-se diretamente à sala da CEO, Léia Garça, que estava ansiosa para saber tudo sobre sua experiência em Londinópolis. Queria ouvir em detalhes como foi seu treinamento, quais desafios enfrentou e, principalmente, quais aprendizados trazia para aplicar na empresa.
Fred, agora mais preparado e estratégico, havia elaborado um relatório completo. Nele, descreveu suas vivências, desafios e as principais lições adquiridas. Entregou o documento à CEO e fez questão de comentar cada ponto, demonstrando maturidade e profissionalismo. Estava pronto para dar início ao novo ciclo.
Os Primeiros Passos no Novo Ambiente
Após a conversa com Léia, Fred foi apresentado a seus novos colegas de trabalho. Alceu Gato, o vendedor mais experiente da equipe, olhou-o com um ar avaliador.
Márcia Morsa, também veterana, exibia um histórico impressionante de vendas. Paulo Panda e Décio Pavão, mais jovens, traziam um espírito dinâmico ao setor.
Fred sentou-se em sua mesa, colocou seus pertences e decidiu deixá-los organizados mais tarde. O ambiente fervilhava de atividade. Havia telefonemas incessantes, negociações acontecendo, relatórios sendo analisados. Sentiu, então, aquela velha sensação de ansiedade misturada a empolgação. Como deveria conduzir os processos? Como seria sua integração naquela nova dinâmica?
Levantou-se, caminhou até a área do café e observou o escritório como um todo. Percebeu a intensidade do trabalho e o ritmo acelerado dos colegas. Pegou um copo d’água, tomou um café e refletiu:
“Preciso colocar em prática tudo o que aprendi. Além disso, já conheço bem o mercado e sei que não posso deixar que a pressão me domine.”
Mas logo se deparou com um problema. Como tudo era novo, ele sentiu falta de uma reunião formal de onboarding — aquela etapa essencial para conhecer os processos da empresa, entender a dinâmica interna e ser apresentado aos demais departamentos.
Sem esperar por uma iniciativa da liderança, Fred decidiu agir por conta própria. Visitou cada setor, apresentou-se aos colaboradores e buscou entender como os departamentos funcionavam. Para ele, era uma necessidade. Precisava compreender a engrenagem da empresa para desempenhar seu papel com eficiência.
Contudo, sua atitude não foi bem recebida por todos. Alguns enxergaram sua movimentação como excessiva. Para alguns, soou como arrogância; para outros, como invasão de privacidade. Os olhares desconfiados começaram a surgir nos corredores.
Na Cova das Hienas
Fred percebeu que havia um clima estranho no ar. Sempre que passava, sussurros ecoavam ao seu redor. Alceu Gato, o veterano da equipe, fazia questão de enfatizar para os colegas:
— Olha só o novato, achando que já é chefe.
Márcia Morsa completava:
— Aposto que veio de Londinópolis achando que sabe tudo.
Paulo Panda e Décio Pavão, por sua vez, apenas observavam, tentando entender o que acontecia.
Fred sentiu o peso da situação. Como alguém que apenas buscava conhecer a empresa poderia ser interpretado de forma tão negativa? Ele se viu na clássica “Cova das Hienas”, onde qualquer movimento podia ser visto como uma ameaça por aqueles que já estavam estabelecidos.
Reflexões para a Vida e o Mundo Corporativo
Diante desse cenário, podemos extrair valiosas lições para o mundo corporativo:
- A Chegada em um Novo Ambiente Integrar-se a uma nova equipe exige
sensibilidade e cautela. Nem sempre sua vontade de contribuir será vista como algo positivo de imediato.
- A Importância do Onboarding Empresas que investem em processos estruturados de integração facilitam a adaptação de novos colaboradores e reduzem resistências internas.
- O Perigo da Cultura de Feudos Equipes que enxergam novatos como ameaças tendem a criar barreiras ao crescimento da empresa. O medo da mudança pode sufocar o progresso.
- A Comunicação como Ferramenta Estratégica
Antes de tomar iniciativas, vale a pena alinhar expectativas com a liderança e buscar apoio interno. Isso evita interpretações erradas e fortalece relações.
- A Resiliência Diante da Resistência
Todo profissional que busca inovação e crescimento encontrará resistência em algum momento. Saber lidar com críticas, adaptar-se sem perder sua essência e construir alianças estratégicas faz toda a diferença.
E Agora?
O que Fred Diamante fará diante dessa recepção hostil? Ele conseguirá conquistar a confiança da equipe ou precisará lutar para se afirmar nesse ambiente competitivo?
Aguardem o próximo capítulo, onde veremos os desdobramentos desta nova fase de sua jornada!
Eduardo Levy Cotes, Consultor de Empresas – Administrador – Coaching
Especialista em Marketing – Vendas – Treinamentos – Palestrante
Instagram @edulevyvendas
E-mail : atendimento@mgdmarketing.com.br
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