Em um Brasil que passa por várias crises todos os anos, empresas fazem uso de estratégias a fim de inserir sua marca no mercado e em seguida alavancar suas vendas.
Investir em comunicação visual é o primeiro passo para que sua marca seja vista e conhecida.
Um material bastante usado no merchandising e que valoriza a marca do anunciante é o acrílico (polimetilmetacrilato), polímero sintético produzido a partir da polimerização do MMA ou metacrilato de metila.
A matéria-prima básica (MMA – metacrilato de metila) pode ser polimerizada para produção de chapas ou na extrusão de pellets. Os pellets são utilizados para peças injetadas, como lanternas traseiras de veículos e utilidades domésticas, como copos, pratos e talheres.
As chapas acrílicas podem ser moldadas com a aplicação de temperatura e aplicadas juntamente com ACM, madeira, aço e outros materiais.
Também recebem impressão, como UV ou serigrafia, e são utilizados principalmente na comunicação visual.
O maior mercado ou aplicação das chapas acrílicas no Brasil é em comunicação visual. Cerca de 70% das 10.000 toneladas anuais são destinadas para PDVs, luminosos e displays.
Marcas conhecidas mundialmente como McDonald’s, Bradesco, Itaú, Santander, Toyota, entre outras, utilizam o acrílico em sua comunicação visual, estabelecendo uma relação direta entre empresa e cliente.
O acrílico é um material versátil, disponível em diversas cores, espessuras e níveis de transparência.
Os produtores nacionais de chapas acrílicas disponibilizam espessuras de 1,0 a 50,0 mm, em mais de 1.200 cores, entre opacas e translúcidas.
As chapas acrílicas cristais possuem transparência de 92%, independente da espessura.
“Variedade de cores e espessuras, facilidade de moldagem, de corte, lixamento, polimento e colagem são características importantes para o profissional de comunicação visual. Em relação ao acrílico, o mais significante é a valorização do produto final, pois peças acrílicas não permitem baixa qualidade e desvalorização”, comenta João Orlando Vian, executivo do INDAC (Instituto Nacional para o Desenvolvimento do Acrílico).
Pequenos ou grandes empreendedores investem em estações transformadoras de acrílico por ter um custo-benefício aceitável. Com pouco capital, é possível comprar uma máquina de corte a laser e começar a produzir peças em acrílico.
“As chapas acrílicas possuem preço levemente superior aos seus produtos concorrentes, no entanto, seus produtos finais conseguem resultado em valor muito superior a qualquer outro material, seja plástico, metal, vidro ou madeira. Uma oficina de processamento de chapas acrílicas pode ser montada com R$ 10 mil a R$ 1 milhão, dependendo da complexidade e qualidade do produto final que se deseja obter. O importante é saber qual o mercado-alvo e quais produtos produzir”, explica João Orlando.
Algumas recomendações são importantes para a conservação do acrílico.
Por apresentar uma superfície muito lisa, o acrílico tem facilidade de ser riscado. No entanto, também é muito fácil retirar o risco do acrílico com aplicação manual de polidores de madeira e flanela limpa.
Nunca se deve limpar o acrílico com solventes, principalmente álcool — utilizar somente água e sabão ou polidores específicos para esta finalidade.
O acrílico possui 10 vezes mais resistência ao impacto que o vidro.
As chapas acrílicas cristais, produzidas com 100% de MMA original, têm garantia de 10 anos contra amarelecimento ao sol.
Em tempos de sustentabilidade, o acrílico também pode ser reciclado, porém, ao ser reutilizado, pode perder parte de sua qualidade.
Ao longo dos anos, a gama de opções de acrílico cresceu e se tornou cada vez mais versátil e sofisticada.
Existem no mercado variações de chapas acrílicas, como as chapas fantasias (com inclusões de produtos orgânicos), as chapas 100% sustentáveis e as chapas de superfícies sólidas, principalmente para móveis.
O INDAC tem como enfoque auxiliar o mercado, empresas e profissionais a desenvolverem projetos, negócios e ideias com o acrílico e oferece. a cada dois meses, um curso de 27 horas, o Cose Di Acrílico.
“O INDAC existe já há 20 anos e continua colaborando para as empresas que desejarem sair da disputa do ‘oceano vermelho cheio de sangue’ e disputar o ‘oceano azul’, sem competidores, desde que consigam trabalhar corretamente o material, com o objetivo da valorização de seu cliente”, finaliza João Orlando.