Em 2018, uma mãe de uma criança com transtorno do espectro autista (TEA), com a finalidade de oferecer um tipo de arte ao
seu filho, conseguiu que um empresário de Guarulhos, do ramo de serigrafia, concordasse em ensinar e ceder as suas instalações aos sábados de manhã para ensinar alguns adolescentes com o distúrbio.
Desta forma surgiu o projeto de silk screen do Aucatea (Auxiliadores de Crianças, Adolescentes e Adultos com TEA). Um
ano depois, Rafael Vieira Souza Gomes, profissional do Projeto de Integração Pró-Autista (Pipa), também ingressou na iniciativa, visando posteriormente levar esse modelo de oficina para o Pipa.
Durante a pandemia, o projeto foi obrigado a paralisar suas atividades, retornando em 2022 estampando camisetas para a caminhada em comemoração ao Dia Mundial de Conscientização do Autismo (2 de abril).
Nesse mesmo ano, o Aucatea iniciou um novo projeto chamado “Mão na Massa”, cujo objetivo era fazer pizzas com a participação das crianças autistas, incluindo-as em eventos como o Festival do Japão e o Templo Budista.
Os resultados desse novo projeto foram bastante positivos, permitindo financiar os equipamentos para o projeto de silk screen.
No início de 2023, o Pipa fez uma reunião com a diretoria do Aucatea, definindo que o Aucatea iria fornecer os equipamentos e insumos e o Pipa disponibilizaria o espaço, os terapeutas e o conhecimento para iniciar o projeto profissionalizante inclusive aos maiores de 18 anos, afetados pela carência do atendimento da rede pública aos portadores do TEA.
Após essa reunião, o Aucatea se mobilizou, fazendo eventos dentro e fora do Pipa, realizando bazares e vendendo rifas para conseguir os recursos para comprar os equipamentos. Em paralelo, conseguiram também uma parceria junto à empresa
Colordex, a qual forneceu gratuitamente todas as tintas, além de disponibilizar um treinamento. E então, na última semana de
maio, inauguraram oficialmente o projeto de silk screen, ainda sem um nome.
“Quando meu filho Felipe, portador do TEA, fez 18 anos, acabou o convênio do Pipa com o SUS, e consequentemente a responsabilidade social do governo brasileiro, que disponibiliza atendimento apenas até esta idade. Esse projeto visa preencher
essa lacuna, pois o autismo não tem cura e entendemos que o tratamento deve ir além da infância, e devemos pensar na vida adulta e na velhice, pois o número de autistas cresce a cada dia a nível mundial. Se não pensarmos em políticas públicas teremos (e temos) um grande problema social com a atual invisibilidade do autismo adulto”, comenta Eduardo Gimenez, presidente do Aucatea.
O evento de inauguração contou com a presença do primeiro-diretor e vice-presidente da Beneficência Nipo-Brasileira de
São Paulo (Enkyo), o Sr. Jun Suzaki.
Contou também com a presença do presidente da comissão do Pipa e sexto-diretor executivo da Enkyo, o Sr. Kenji Inoue;
o fundador e membro da comissão do Pipa, Sr. Yoshiharu Kikuchi; entre outros nomes importantes envolvidos no projeto.
Contou ainda com a presença do vereador Rinaldi Digilio; a conselheira fiscal do Aucatea, Lígia Baptista Ignacio; e a vice
-presidente do Aucatea, Maria Eliane, que forneceu placas para homenagear autoridades presentes no evento.
As peças serigrafadas no projeto são vendidas e o valor arrecadado retorna para custear novos projetos.
Agradecimentos:
Rafael Vieira Souza Gomes
Coordenador do Pipa
Eduardo Gimenez
Presidente do Aucatea
Fonte:
https://enkyo.org.br/assistencia-em-saude/projeto-de-integracao-pro-autista-pipa/
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