No mês em que se celebra o Dia Mundial do Meio Ambiente (5 de junho) e muitas informações desse assunto chegam até nós, temos, aqui no Brasil, uma grave crise hídrica, causada principalmente pelo desmatamento e por mudanças climáticas que se intensificam. Desse modo, infelizmente, não temos muito o que comemorar.
Muitos de nós fomos surpreendidos com o aumento das tarifas das faturas de energia elétrica neste último mês e, para daqui até o final do ano de 2021, será um caminho que não terá volta, visto que os reservatórios de água das usinas hidrelétricas estão com seus níveis cada vez mais baixos nas regiões Sul e Sudeste. O governo atual prevê então acionar usinas termoelétricas, que são mais poluentes, pois utilizam carvão e também são mais caras em sua produção de energia. Uma atitude realizada sem planejamento, porque governos têm como dever colocar em seu plano base o meio ambiente na transversalidade de todos os seus ministérios. Uma preocupação que realmente não existia no século passado.
Novos tempos exigem novas soluções.
Devemos iniciar pelas soluções mais simples, como um bom controle de consumo de energia de cada máquina de nossa produção. No custo de cada hora/máquina, temos que saber o quanto ela consome de energia, pois isso é um custo considerável e fácil de controlar. Verificar se não há perda de energia, no relógio de leitura ou nas cabines primárias. É sempre bom verificar, anotar e ter uma boa manutenção. Ao conhecermos os números, podemos estabelecer metas para diminuir o gasto com energia — uma das metas para o desenvolvimento sustentável —, realizando o esforço vital para combater as mudanças climáticas.
Depois, podemos partir para projetos maiores, com maior custo a curto e médio prazos, mas com ganhos no longo prazo, como tentar viabilizar a troca da energia atual por energia solar ou eólica (dependendo da região), visto as características de nosso país continental, sempre na busca de energias limpas para ajudar a compor a nossa matriz energética.
Para a água, o mesmo olhar deve ser lançado sobre seu uso, pois o que se gasta na produção e a água que se gasta na parte administrativa, áreas comuns e de manutenção deve sempre ser monitorado. Sempre verificar válvulas, torneiras e hidrômetros para não haver surpresas quanto a desperdícios da água e na parte econômica, com valores excessivos a pagar. É sempre bom o controle.
Boas soluções são encontradas quando temos objetivos e metas, e os resultados aparecerão para a continuidade do nosso negócio e a perpetuação de nossa espécie no planeta Terra.
Este ano, não temos que comemorar o Dia Mundial do Meio Ambiente, mas sim conscientizar e realizar atitudes para que todos os dias consigamos, pelo menos, neutralizar ou cessar os danos que nós, humanos, fizemos a ele, desde a década de 1970, quando os primeiros alertas nos foram dados pelos cientistas e estudiosos sobre esse assunto.
Gostaria de alertá-los que se houver um aumento de produção no período pós-pandemia, estaremos fadados a não ter energia para a produção, portanto busquem fontes alternativas e economizem, porque para o segundo semestre de 2021 muitas faltas e apagões já estão previstos.
Aproveito este espaço e continuo com a minha solidariedade aos familiares e amigos das mais de, agora, 490 mil pessoas mortas no Brasil, vítimas do novo coronavírus, e aquelas tantas no mundo que também estão a lutar contra ele.
Agradeço aos profissionais de saúde e serviços essenciais que têm trabalhado com o intuito de minimizar os danos causados pela doença, incansavelmente.
Silvia Regina Linberger dos Anjos
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