“Quem canta seus males espanta” é uma assertiva verdadeira e na qual diversas pessoas se fundamentam.
Teve sua origem entre 37 e 30 a. C., no livro Geórgicas do poeta romano clássico Públio Virgílio Maro, no trecho que enunciava: “quem chora ou canta, fadas más espanta.”
Simplificada com o passar dos anos até chegar à forma conhecida, a frase já encurtada é citada no livro Don Quixote de La Mancha, do grande escritor espanhol Miguel de Cervantes.
“Eu sempre ouvi dizer que quem canta seus males espanta”, anunciou Dom Quixote em trecho do livro do século XVII.
Na mitologia grega, em diversas citações podemos também notar o uso da música como artifício de barganha ou mesmo em benefícios próprios.
As sereias cantavam para atrair os tripulantes dos navios.
Orfeu cantou sua lira para resgatar sua adorável ninfa Eurídice da morte.
Baseado nesta temática, não nos custa cantar.
Cantar no chuveiro, cantar enquanto dirigimos, cantar cozinhando, cantar caminhando por um parque, cantar enquanto o sono não vem, cantar ao acordar, cantar, cantar, cantar…
Antes cante do que cale.
Que neste novo ano você possa cantar sem medo de desafinar.
E se não tiver uma canção na ponta da língua, invente a sua própria melodia.
Concluo com a linda e aclamada canção composta e interpretada por Martinho da Vila na década de 70 e que mantém seu sucesso nos dias atuais:
“Canta Canta, minha Gente
Deixa a tristeza pra lá
Canta forte, canta alto
Que a vida vai melhorar…”
Mara de Paula Giacomeli é jornalista e editora do Jornal O Serigráfico