Esses dias assisti um vídeo que conta a história de Geraldo Rufino, um empreendedor que começou a vida trabalhando ainda criança numa fábrica de carvão e quando foi convidado para trabalhar no aterro sanitário, ficou feliz porque viu ali a oportunidade de ter um emprego que outros meninos da favela não tinham, o que o diferenciava dos demais. Sorria porque achava determinados tipos de comida no lixão, coisas que ele não tinha acesso onde morava.
Aos 13, arrumou emprego de office-boy e se entendeu um empreendedor, pois considerava a pasta que carregava como sendo sua empresa, e, assim sendo, deveria ser o melhor naquilo que ele fazia. Depois disso, passou a catar latas e vender e hoje é um dos maiores empresários de reciclagem do país, com uma empresa que fatura mais de R$ 50 milhões por ano reciclando material de caminhões e ônibus.
Ele fala que é necessário assumir as responsabilidades pelo que se faz, sem “coitadismo”, já que só assim é possível enxergar as oportunidades para recomeçar. “O fundo do poço é o melhor lugar para recomeçar, porque lá você não tem mais pra onde ir, é só não cavar. Fique lá, reflita e perceba que quem já andou de bicicleta uma vez, vai andar de novo. Se você ganhou dinheiro licitamente uma vez, você vai ganhar de novo”.
O vídeo me fez refletir muito sobre a situação atual do país e como cada um de nós encara a malfadada crise. A lição dele é que só depende de você – e de mim – e de cada um de nós fazer diferente, fazer melhor e achar uma maneira de “andar de bicicleta” novamente. E é fato que a gente sempre consegue. Rufino também comenta que o planejamento dele é de apenas mais R$ 1,00, que o planejamento é diário, até onde ele possa alcançar e que dependa só dele, assim, mais é mais e lucro não quebra ninguém. Fato! Será que o seu planejamento está certo, será que sua empresa está mesmo tão mal assim, ou ela simplesmente não atingiu o planejamento que você fez, talvez alto demais?
Para terminar, deixo uma lição de Mario Sergio Cortella, que resume tudo isso: “Faça o melhor que você pode na condição que você tem, enquanto não tem condições melhores para fazer melhor ainda”.
Patricia Sousa
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