Gostaria de evidenciar que apesar de ser entusiasta dos assuntos relacionados ao meio ambiente, sinto-me, por vezes, cética com os acontecimentos políticos e suas repercussões…
No último mês, vimos o presidente da maior economia do mundo, os Estados Unidos da América (EUA), Donald Trump, deixar de ser signatário do Acordo de Paris em que, juntamente com os outros 194 países, ficasse comprometido com metas de redução das emissões de gases do efeito estufa (GEE), pois o efeito dessas emissões já levou a Terra a um aumento de 1°C de temperatura em 2016. Só a China, EUA e Europa são responsáveis por metade das emissões de todo o planeta. Pelo Acordo de Paris, o objetivo é impedir o aumento médio da temperatura da Terra, no intervalo de 1,5 e 2°C no fim deste século em relação aos níveis pré industriais e todos os países estavam muito empenhados nessa conquista. E o próprio acordo determina que essas metas devam ser revisadas periodicamente. Contudo, com a saída dos EUA, e o empenho pessoal de Donald Trump em não acreditar nos relatórios científicos e aos anos intensos dedicados aos estudos sobre o assunto, abre um precedente para que outros países possam seguir essa não coletiva atitude que leva ao caos da humanidade e ao fracasso desse acordo. Pelo menos a Comunidade Européia e a China estão, ainda, a favor do Acordo.
Lutar contra o aquecimento global, principalmente o gás Carbônico (CO2), tem sido um dos maiores desafios de todas as nações para esse século, pelas conseqüências catastróficas para a saúde dos seres humanos.
E no Brasil, enquanto isso, se perdeu metade da verba que a Noruega destina à Amazônia em projetos de combate ao desmatamento, exatamente porque houve um aumento da perda de áreas preservadas por falhas do Brasil em políticas ambientais. O avanço forte da bancada ruralista dentro do Congresso que pressiona sempre o governo e os constantes consentimentos e aprovações, fez a “insustentabilidade” do negócio do governo: ficar sem dinheiro e sem a área preservada, além da imagem abalada perante o mundo.
E a isso também, em termos de notícias pouco incentivadoras, um iceberg de um trilhão de toneladas e com área maior que vários países da Europa se desprendeu da plataforma de gelo Larsen C, da Antártida. Essa fissura já estava em estudos monitorados pelos cientistas desde 2014, mas não se sabia quando isso poderia acontecer.
Desde 1995 esses desprendimentos têm acontecido. Esse não foi o maior, mas há alteração geográfica do local e como isso pode levar ao aumento do nível marítimo, pelo descongelamento das geleiras que se integram as outras águas e, provavelmente, muitas ilhas no mundo desaparecerão.
E, por fim, a Organização Mundial da Saúde (OMS) e o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) divulgaram um relatório recente com o dado de que 4,5 milhões de habitantes não têm acesso ao saneamento básico seguro. Os serviços de água potável, saneamento básico e higiene são essenciais para que o mundo alcance o Objetivo de Desenvolvimento Sustentável número 3: assegurar uma vida saudável e promover o bem-estar de todos, em todas as faixas etárias.
Vamos tentar tornar nossas atitudes mais presentes e fazer nossa parte na conduta de nossas empresas e dos colaboradores das empresas, em nossas casas e família, a fim de conscientizar e não deixar o pilar da economia crescer mais do que o do meio ambiente e da sociedade, porque esse tripé da sustentabilidade só funciona equilibrado para sua continuidade.
Difícil será viver num mundo sem água para beber e produzir alimentos e sem ar para respirar…