Claudilei Simões de Sousa

Mara de Paula Giacomeli

Se ninguém fala…

Nos últimos quarenta anos a humanidade avançou tecnologicamente mil vezes ou mais e em velocidade mil vezes maior que nos últimos milhões de anos. Até a década de oitenta, os equipamentos mais importantes na comunicação eram a criatividade e a prancheta. Hoje é o computador. É incrível poder explorar todas as possiblidades que as tecnologias disponíveis oferecem e as facilidades de comunicação e desenvolvimento de peças de propaganda.  São ferramentas importantes de busca tanto de informações como de imagens.

A rapidez com que se cria e desenvolve uma campanha impressa para um cliente é impressionante ao passo que por volta de quarenta anos atrás era impensável não passar pelas etapas e procedimentos como concepção, “rough”, layout, diagramação de textos e imagens, arte final, retoques, fotolitos e impressão, cuja peça final ficava pronta depois de muito tempo; tempo esse que hoje é simplesmente inconcebível.

Tudo ficou mais fácil e rápido. Todos têm acesso às ferramentas de busca e captura de informações e imagens e as usam de forma muitas vezes inadequada para produzir peças de propaganda. Qualquer pessoa pode acessar o Google e capturar uma foto para ilustrar o seu impresso, seja um banner, uma faixa, um painel, um folder ou uma mala direta. Tudo isso é maravilhoso, mas muitas vezes o critério qualidade é deixado de lado. Tenho visto verdadeiros absurdos. Materiais impressos com imagens ampliadas sem a qualidade necessária para tal.  Diariamente me deparo com isso. O cliente visualiza na tela do computador uma imagem linda e inspiradora, mas não tem a mínima noção de que ao ampliá-la gera uma perda de qualidade.

Até aí, tudo bem. O cliente não é o profissional de comunicação e não tem essa experiência. Mesmo sendo uma solicitação do cliente, cabe ao profissional da área esclarecer que a falta de qualidade vai comprometer o resultado final do trabalho e orientá-lo para que busque em um banco de imagens a melhor alternativa. Eu sempre digo que nós, os profissionais de comunicação, temos o dever de orientar o cliente e estimulá-lo a fazer o melhor sempre, mas infelizmente não é isso o que ocorre em boa parte dos casos.

Existem profissionais que distorcem logomarcas sem o menor pudor, utilizam uma enorme variedade de fontes em uma única peça de comunicação, não têm noção de espaço e mancha de impressão, não sabem o que é “sangria”, equilíbrio e estética. Alguns ainda desconhecem a língua portuguesa. Temos que ter a visão do artista que busca a perfeição e inteligência acima da média. Temos que entender a necessidade dos nossos clientes, conhecer o seu produto, sua linguagem e seu público para oferecermos o melhor. Quem ganha não é só o cliente. Essas são as melhores oportunidades para um aprendizado constante e consequentemente estar um passo adiante. Boa vontade é fundamental.

Ufa!!!. Enfim prefeito novo em São Paulo. Chega de radares, faixas, multas e nada de investimentos em obras que a cidade realmente necessita para continuar crescendo. Como empresário e empreendedor que é, espero que o novo prefeito consiga exercer uma política que proporcione progresso à cidade e bem estar ao cidadão. Que novos critérios sejam adotados para que São Paulo volte a ter comunicação visual de qualidade dentro da ótica e da experiência de modernidade que as grandes capitais do mundo possuem. Parabéns, João Dória!

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