Claudilei Simões de Sousa

Mara de Paula Giacomeli

Se ninguém fala…

 

Caos. Chega o outono, uma folha antes viçosa se desprende do galho e lentamente, rodopiando, ao sabor do vento vai caindo, caindo, caindo… Quem poderá calcular em que momento atingirá o solo, em qual local, qual será sua trajetória, quantas voltas dará nessa trajetória, qual distância percorrerá, qual lado da folha cairá para cima e depois para onde o vento a levará?  Essa folha faz parte do nosso universo e todo o mistério que o cerca. Será essa folha uma obra do acaso ou uma predestinação? O fato concreto é que todos os eventos anteriores ao momento em que a folha desprendeu-se do seu galho foram obras da natureza. Foram fatos surpreendentes desde a semente que deu origem àquela árvore. Será que alguém teve controle sobre tudo? Não sabemos, mas a folha caiu em determinado momento, atingiu o solo após uma série de eventos imprevisíveis e teoricamente sem controle algum, contribuiu para a continuidade da vida no planeta. Em tese, o caos é um evento natural que irá gerar desdobramentos imprevisíveis. A folha que cai representa um minúsculo universo dentre bilhões, trilhões ou mais que a cada outono seguem a trajetória do acaso, o caos do universo.

Mas e quando trata-se de um país, zilhões de vezes maior que uma folha, que abriga milhões de habitantes os quais dependem de uma lógica de convivência e sobrevivência para possibilitar a continuidade da espécie no planeta? As leis que regem o universo não são as mesmas que regem um país, mas quando a lógica se inverte nas leis que regem um país, aí sim o caos se instala. Diante de tantos fatos ilógicos que surgem diariamente no país não é possível mais calcular em qual momento retornaremos à normalidade e ao cumprimento das leis.

Simplificando, caos significa bagunça geral e é exatamente isso que ocorre atualmente em um certo país do lado de cá do equador. Bagunçaram geral a nação.  Esculhambaram  as leis, a verdade, a honestidade e a ética.  Esculhambaram  o povo, jogaram o nome do país na lama. A escuridão está visível adiante e depois disso, ninguém consegue imaginar ou prever o futuro. Um país sem futuro é um país caótico, uma aeronave sem piloto, um navio sem comandante, um trem desgovernado despencando por uma ribanceira sem fim. A teoria do caos determina que a trajetória de uma folha que cai chega ao fim quando atinge o chão, mas o Brasil não é uma folha. É um gigante cambaleante que insiste em não cair, que se sustenta pela luta de um povo que não sabe a força que tem, mas até quando? Duvido que alguém consiga calcular…

Sinval Lima

 

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