Claudilei Simões de Sousa

Mara de Paula Giacomeli

Sem água e sem energia, inove!

Silvia Regina Linberger dos Anjos

Até outubro desse ano, pelo menos, devemos prestar mais atenção na quantidade de água que gastamos. Primeiro porque são os meses com menor índice de pluviosidade e, segundo, que estamos vivendo uma crise hídrica, por circunstâncias em parte políticas, que agravaram esse fato. Algumas atitudes que deveriam ser tomadas pela gestão pública e que não foram adiante ou que estão acontecendo, mas que não resultarão, em curto prazo, em melhoria para essa situação, faz com que redobremos nossos esforços para fazermos a nossa parte.
A utilização de água de reuso ou recirculação da água dentro do ambiente de processo de produção trará uma economia significativa em termos ambientais e até econômicos. O reaproveitamento da água de lavagem das telas de serigrafia, por circulação fechada com os devidos filtros para limpeza; a utilização de redutores nas torneiras e a captação de água de chuva (quando possível) são algumas atitudes que podemos realizar em nossas áreas: produtiva e comum. Também podemos diminuir o consumo com lavagem de pisos da empresa e lavagem da frota de carros.
O cuidado que temos que ter com a quantidade de água gasta e com o desperdício dela é porque a nossa matriz energética é mais de 80{0745c43c0e3353fa97069a60769ee4ddd8009579514cad9a011db48d81360048} proveniente de hidrelétricas, uma energia limpa, porém que, no momento, em função de mudanças climáticas, está com a matéria-prima (água) em escassez. Sem água, sem eletricidade. Na verdade, já estamos pagando essa conta mais cara de energia por causa da redução da água e estamos sendo abastecidos de energia pela fonte termoelétrica, que é mais onerosa. O governo atual, por causa da falta de chuvas, não conseguiu manter baixos ou manter extintos os encargos sobre a tarifa, entre eles, o CDE – Conta de Desenvolvimento Energético – e está com dificuldades em renovar contratos de concessão de geração e transmissão de energia, aumentando o valor do serviço que deve pagar porque, no passado, para evitar a alta, autorizou empréstimos bilionários às distribuidoras. Junto a isso, nesse momento, as distribuidoras têm que recorrer às usinas térmicas, que são mais caras para produção.
Agora que tudo conspira contra, crise hídrica, energética, política e econômica, resta-nos a conscientização e ajudar o país, em nosso ambiente, porque lastimar e reclamar não irá trazer nem a água e nem a energia mais barata de volta. Temos que criar novas situações que favoreçam nossa empresa e aos colaboradores que cooperam com o crescimento dos negócios. A inovação é uma das ferramentas mais utilizadas nesse estágio. Para isso, temos que saber ouvir todos os envolvidos, refletir e, assim, tomar as melhores decisões. Lembre-se que tudo passa e o aprendizado que obtivermos ficará acumulado para outras situações, onde poderemos aumentar e resolver novos casos. E mudanças de atitude, normalmente as mais simples possíveis, é que trarão os benefícios desejados. As próximas gerações agradecerão o que fizermos agora.

Silvia Regina Linberger dos Anjos, sócia gerente da Maqtinpel. Química, tecnóloga gráfica com especialização em gerenciamento ambiental, mestrada em tecnologia ambiental, membro da comissão de questões ambientais da NOS-27, colaboradora voluntária da comunidade EQA (equipe de qualidade ambiental) da Escola Theobaldo de Nigris.  www.maqtinpel.com.br

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