Nas palavras do autor:
“Dividir magenta e ciano em faixas duplas nos permite mudar a curva tonal da serigrafia para um perfil muito mais estável. Somos capazes de controlar a perda de pontos em realces e abrir sombras para melhorar os detalhes.”
“E a mudança de cor na impressão diminui muito porque usamos o dobro dos tamanhos de ponto padrão para tons escuros ou quádruplos os tamanhos para tons claros para alcançar a mesma quantidade de mudança tonal que obtemos com o processo de quatro cores com seu único ciano e magenta”.
O trabalho da separação de cores é facilitado se houver um densitômetro disponível. Caso contrário, é necessário contar com uma referência visual para a caracterização e as correções de cor.
Referência Visual para Densidades
A cunha de densidades ideal pode ser feita diretamente em um editor de bitmaps como o Photoshop ou o Gimp.
Crie uma imagem grayscale com 32 cm x 2 cm. Selecione um retângulo de 1,5 x 32 e faça um gradiente de branco (255, 255, 255) para preto (0, 0, 0) de um extremo ao outro (os pontos limite a cerca de 7 mm das extremidades).
No Photoshop, escolha a opção do gradiente “normalizar”, para que o ponto médio do gradiente seja 50% de luz refletida.
No Gimp, escolha a opção “blend color space = L*a*b”.
Selecione ajustar a cor usando “posterizar” com 21 passos. Isto irá criar uma cunha de densidades escalonada de 5 em 5%.
Use a área restante da imagem (tira de 5 mm) para identificar as amostras escalonadas com números das porcentagens.
Estas figuras serão colorizadas posteriormente.
Esta referência pode ser reticulada e impressa para conferir o ganho de ponto e o resultado colorimétrico, comparando -o ao monitor. Usar o “Color Picker” do editor de imagem (Photoshop ou Gimp) vai ajudar.
A imagem pode ser melhorada (isolando visualmente as amostras da escala reticulada) antes de imprimir usando um software de ilustração vetorial (Corel, Illustrator ou Inkscape).
É conveniente fazer uma tira reticulada para cada ângulo de retícula (porque o ganho de ponto será diferente para cada
cor e para cada angulação).
É importante configurar o “espaço de trabalho CMYK” do Photoshop, selecionando o menu de tintas personalizadas e ajustando os valores L*a*b* das tintas serigráficas reais (a cor chapada de cada tinta).
Para encontrar os valores L*a*b*, pode-se usar (novamente) o Color Picker, ajustando a cor na tela até ficar similar ao chapado impresso, anotando os valores e inserindo posteriormente na janela de tintas personalizadas. (Quem tiver um instrumento espectrofotômetro pode capturar esses valores diretamente no instrumento).
Aplicando os Valores das Cores das Tintas A uma imagem que será separada, reticulada e impressa:
No Photoshop, os ajustes das cores inseridos no espaço de trabalho CMYK somente são aplicados a uma imagem no momento em que esta imagem é convertida de RGB para CMYK. Portanto, a imagem original (ponto de partida) será sempre em RGB. Se houver referência do dispositivo (perfil da imagem) será possível usar esta informação convertendo-a ao espaço de trabalho, tanto no
Photoshop quanto no GIMP.
O Gimp não contém um espaço de trabalho CMYK, e por isso a conversão será feita a um CMYK virtual ou a um perfil CMYK criado para as tintas serigráficas a partir de um software específico de perfil (menu Preferências > Gerenciamento de Cores).
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