Passou o carnaval e o mercado começou a se movimentar. Já tivemos duas feiras: FEBRATÊXTIL e FESPA. Tudo está voltando ao normal: boas vendas, demonstrações de novos equipamentos, novas empresas surgindo e oferecendo serviços e produtos. Assim, o mercado se movimenta, independente da nossa política, que parece não querer que o Brasil cresça. Mas somos resilientes; já apanhamos muito e sobrevivemos. Vamos passar por mais essa. Nossos trabalhadores e empresários são como bambus: dobram com o vento, mas não quebram. Essa é a forma de ver e viver, principalmente no nosso mercado.
A serigrafia, ou a “VELHA SENHORA”, quanto já foi ameaçada! Quantas vezes quiseram tirá-la do salto? No entanto, ela continua firme e forte. Hoje, é amparada pelos jovens empresários que chegaram com tecnologia e mostraram a força e a magia desse processo de reprodução de imagem.
Vimos nas feiras cada vez mais equipamentos de sublimação, DTF e DTG, cada dia mais rápidos. Os equipamentos de impressão eco-solventes e látex para comunicação visual ficaram mais potentes. Não está fácil para a “VELHA SENHORA” competir, mas mesmo assim, tivemos empresas procurando equipamentos de serigrafia para comunicação visual. Empresas já bem posicionadas no mercado, com equipamentos de impressão digital industrial, estão buscando a serigrafia. O que pode estar acontecendo? Será que alguns empresários colocaram os valores nas calculadoras e chegaram à conclusão de que ainda vale a pena trabalhar com serigrafia para comunicação visual? Isso é uma novidade, mas, com o preço do dólar, é bem provável que alguns olhem com atenção para esse mercado que anda abandonado.
No mercado têxtil, mostraram muitos equipamentos digitais. A impressão está cada dia mais veloz, tanto na sublimação quanto no DTF. Claro que isso toma uma fatia da serigrafia, mas ainda vai demorar muito para substituí-la por completo. Diria que é impossível, pois a Europa, os EUA e a China estão, a cada dia, utilizando mais a serigrafia. Por lá, a “VELHA SENHORA” está sendo tratada com carinho e atenção. Então, se os grandes se rendem a essa beleza de trabalho, quem somos nós para querer ou acreditar que é possível tirar a “VELHA SENHORA DO SALTO”?
Continuemos no nosso mundo de trabalhadores que pintam o mundo, que dão cores à moda, que tornam a vida mais colorida. Mesmo com todas as máquinas digitais, o rodo ainda é a ferramenta mais usada para dar vida à imaginação dos designers espalhados pelo mundo. Esse processo milenar ainda vai dar muito trabalho para ser substituído.
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