Na última edição, falamos sobre o vinil, abordando sua composição, tanto polimérica quanto monomérica. Agora, vamos explorar a parte física do vinil, que inclui os tipos calandrado, soprado e fundido. Você sabe quais são as diferenças entre eles?
O vinil calandrado passa por um processo em que é prensado entre dois rolos e tracionado no sentido longitudinal. Durante esse processo, ocorrem alterações moleculares: as moléculas são achatadas e alongadas, semelhante à massa de pastel que encolhe tanto no comprimento quanto na largura ao passar pelos cilindros. Já estiveram em uma pizzaria, vendo como a massa da pizza se abre e encolhe? O mesmo acontece com o vinil calandrado e o soprado. Essas deformações nas moléculas criam uma “memória molecular”, ou seja, elas tendem a retornar ao estado original após a deformação, tanto lateral quanto longitudinalmente. Isso pode dificultar a moldagem em trabalhos que exigem curvas acentuadas, sendo necessário aquecer o material para quebrar essa memória e facilitar a conformação.
O vinil soprado funciona de maneira semelhante às sacolas e sacos plásticos: passa por um aro que determina sua espessura, sendo tracionado no sentido longitudinal. No entanto, nem sempre é possível garantir a planicidade do filme, pois a espessura pode variar devido aos elos que controlam sua espessura, resultando em diferenças entre os lados. Essa deformidade pode ser corrigida na etapa de prensagem na laminadora, ao unir o vinil, a cola e o liner para formar o autoadesivo.
Já o vinil fundido, ou cast, apresenta uma característica diferente. Ele é derramado sobre uma plataforma com um raspador que controla sua espessura, evitando tracionamento ou esmagamento da película. Essa técnica é semelhante ao que nossos antepassados faziam ao trabalhar doces sobre a mesa, controlando a largura e a espessura sem forçar ou tracionar a massa. Como resultado, as moléculas permanecem intactas, sem deformações, o que confere maior estabilidade físico química à película. Essa estabilidade facilita a moldagem, especialmente em curvas acentuadas, pois a molécula intacta aceita melhor alongamentos expressivos.
No mercado, encontramos esses três tipos de vinil: calandrado, soprado e fundido. Cabe ao profissional escolher aquele que melhor atende ao projeto em questão. É importante considerar diferenças de preço, funcionalidade, qualidade e facilidade de moldagem, pois tudo isso impacta no resultado final e na agilidade do trabalho. Lembre-se: a escolha do adesivo adequado é fundamental para garantir o sucesso do seu projeto e a satisfação do cliente.
Views: 5